
Os últimos acidentes graves envolvendo motocicletas em Campos dos Goytacazes, chamam a atenção para os cuidados necessários no trânsito. Segundo a estatística do Hospital Ferreira Machado (HFM), o número de pessoas acidentadas com motocicletas cresceu 24% em maio, em relação a janeiro deste ano. Somente no mês de maio, 340 pessoas deram entrada na unidade hospitalar após sofrer acidentes com motocicletas. Muitas destas vítimas têm fraturas e precisam passar por cirurgias, chegando a ficar até durante meses no hospital e precisando posteriormente de reabilitação. O número de acidentados nos primeiros cinco meses deste ano soma 1.495 pessoas.
No mês de junho, graves acidentes vem sendo registrados, como por exemplo, o da professora de dança Tatiane Rangel de Deus, que está internada no Centro de Tratamento Intensiva (CTI) do HFM desde quando se acidentou, na saída de um show, na Avenida 7 de Setembro, no dia 8 de junho. Segundo relatos de populares, ela estava numa corrida de uma moto de aplicativo, com outras duas pessoas. Os outros dois ocupantes da moto, são o condutor, que teve ferimentos na face e uma mulher, que teve fratura no osso da testa e ficou internada num hospital particular.
Na semana passada, um gravíssimo acidente envolvendo motocicleta foi registrado no perímetro urbano da BR-101, na altura do KM 57, no Parque Aeroporto. A colisão envolveu também um automóvel e três pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança, de 11 anos, que continua internada em estado grave, no HFM, na UTI Pediátrica.
A permanência no hospital após sofrer um grave acidente pode ser longa. Phelipe Manhães, que trabalha como entregador numa lanchonete, ficou internado no HFM há 5 meses após sofrer um acidente de moto enquanto trabalhava. A mãe, Simone da Silva Manhães, comentou que o filho passou por 4 cirurgias e precisou receber doações de sangue. Ela também apelou para a consciência das pessoas no trânsito: “Phelipe já chegou na emergência fazendo cirurgia e precisou de bastante sangue, pois o acidente foi grave. Phelipe quebrou o fêmur, a tíbia, teve um AVC hemorrágico, pneumonia bacteriana, parada cardíaca, problema no fígado, embolia pulmonar, choque séptico, infecção urinária, mas ele foi forte e, junto com a equipe médica do hospital, ele conseguiu vencer todos os problemas. Hoje ele está em tratamento, fazendo fisioterapia e em breve deve passar por mais uma cirurgia. O recado que eu deixo é que não importa o tipo de sangue, o seu sangue salva vidas. Peço também para que as pessoas tenham mais consciência no trânsito”, destacou.
