
O Estádio Ary de Oliveira e Souza, o Aryzão, casa do Goytacaz, mais uma vez está envolvido em um leilão para pagar dívidas trabalhistas. O primeiro certame está marcado para o dia 3 de dezembro, com término previsto para o dia 10. Caso o estádio não seja arrematado, uma nova rodada será iniciada, com término no dia 11 de dezembro. O lance inicial é de R$ 26.077.000,00, enquanto o valor da segunda rodada foi fixado em R$ 13.038.500,00.

Ciente da situação, a diretoria interina, que tem Sérgio “Serginho” Federal como presidente, se manifestou contrária ao leilão em contato com o Manchete RJ. Em nota, o clube informou que a diretoria oficial, presidida por Reinaldo Ribeiro Filho, ainda não se prontificou a reassumir o comando após decisão judicial, deixando a responsabilidade com a gestão interina. Sobre o leilão, Serginho afirmou que fará de tudo para que não aconteça, ressaltando algumas medidas de proteção ao estádio adotadas nos últimos meses.
Nota na íntegra:
A Diretoria que tem Sérgio Alves como presidente tem recebido constantes ações trabalhistas em virtude das gestões temerárias anteriores, e, já assinou em cinco meses 36 procurações dessas ações. No que diz respeito ao novo caso, ao tomar ciência contactou o reclamante que passou o contato de seu advogado para que haja um acordo. Diferente do que vinha ocorrendo antes da nova gestão assumir o clube em junho deste ano, a atual diretoria tem agido imediatamente sempre que citado o clube, e, assim, evitado que novos leilões e penhoras possam surgir. Ainda sobre o mais novo caso, há a certidão do Oficial de Justiça informando que desde outubro de 2023 buscou o contato com o ex-presidente Reinaldo e não o localizou, para a intimação. Sérgio Alves é considerado pela Justiça o presidente de fato, pois as penhoras e notificações estão sendo recebidas pelo mesmo, além de ser nomeado pela Justiça como fiel depositário pelas penhoras das lojas. Ainda sobre o leilão anunciado a diretoria solicitará uma nova avaliação tendo em vista que a última, em 2022, foi na ordem de R$ 51 milhões e as mais recentes com valores aquém na casa de 50% menor, e, ainda foram aprovados posteriormente o Tombamento e a Lei que impede Edificações na área do clube, o que certamente trará novos entendimentos. Tudo seguiremos fazendo para impedir os leilões, até porque o entendimento da Justiça é o de que o valor do bem é muito maior que o valor devido.
Proteções
Em julho deste ano o Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (COPPAM), decidiu por unanimidade pelo tombamento do estádio Ary de Oliveira e Souza. Embora a decisão do COPPAM não impeça que o estádio seja leiloado, ela impede a construção de estabelecimentos como shoppings, prédios ou outras edificações no local. A partir de agora, obras de reforma e modernização do estádio deverão ser aprovadas pelo conselho.
Também neste ano, um projeto de autoria do vereador Raphael Thuin (PRD), tornou o Aryzão “NON AEDIFICANDI” (área proibida de receber edificação), foi aprovado na Câmara dos Vereadores e sancionado pelo prefeito Wladimir Garotinho (PP).