
As redes sociais trouxeram à tona, nesta sexta-feira (06), os desabafos de ao menos três professores da Fundação Municipal de Esportes, em Campos. Os relatos simbolizam o fim de diferentes projetos sociais no município, após a demissão dos responsáveis por cada modalidade. O resultado? Mais de 100 crianças prejudicadas, agora sem o incentivo do projeto Esporte Vida. (Veja os relatos no final da matéria)
Fomos abandonados. Esse projeto tem o intuito de cuidar de vidas. Tirar crianças, adolescentes e jovens das ruas, da criminalidade, das drogas. Queremos acreditar que o prefeito Wladimir não tenha conhecimento disso, pois sabemos que nem tudo chega aos ouvidos dele. Espero que ele possa nos ajudar com isso. Estamos fazendo esse vídeo a pedido dos pais das crianças, que estão extremamente revoltados”, disse Léo Cordeiro, professor de jiu-jítsu na Vila Olímpica do Jardim Carioca.
Tanto o professor Léo Cordeiro quanto o professor Wesley, que dá aulas do mesmo esporte na Praça do Santa Helena, ficaram meses trabalhando sem receber, acreditando estarem apenas com salários atrasados, sem saber que haviam sido desligados dos cargos. O mesmo aconteceu com Marcelo Laurindo, que ministra aulas de Muay Thai pelo projeto Esporte Vida e também foi dispensado pela Fundação Municipal de Esportes.
São mais de 100 famílias desamparadas. Estou muito triste pelas crianças. Mudamos a realidade do bairro”, lamentou Wesley.
O Manchete RJ apurou com colaboradores do projeto — que preferiram não se identificar — que as dispensas estão ocorrendo em diversos polos, com previsão de recontratação futura. Segundo as fontes, o coordenador do Movimento é Vida/Esporte é Vida, Leonardo Mantena, é quem decide quem segue ou deixa as funções.
Vídeo do professor Léo Cordeiro:
Vídeo do professor Marcelo Laurindo